Tendo passado o dia da Consciencialização do Autismo, não podíamos deixar de falar sobre este tema e a sua importância na Terapia da Fala.
O individuo com Autismo manifesta perturbações do neurodesenvolvimento, em que os terapeutas da fala podem intervir, tais como:

Perturbação da Comunicação
Dificuldades na compreensão da comunicação verbal e não verbal ao nível social, na análise da linguagem não verbal do outro – nas expressões faciais e gestos – em contextos de diálogo.
Verificam-se dificuldade na estruturação, organização e programação de um discurso, como manter tópicos de conversação.
Perturbação da Linguagem e da Fala
Dificuldade na compreensão e utilização de regras do sistema linguístico (fonológia, morfológia, sintaxe, semântica e pragmática. Mais notória ao nível da semântica e pragmática. Verifica-se:
- Uso de vocabulário sem elementos coesivos;
- Uso de estereotipias (ecolália – repetição / eco de palavras e mutismo – não fala ou não cosegue falar);
- Fala por vezes ininteligivel;
- Frequentemente refere-se a sim próprio na terceira pessoa, apresenta dificuldade na aquisição do pronome eu;
As crianças por norma, passam por cinco períodos ao nível da aquisição da linguagem:
- Pré-linguístico;
- Primeiras palavras;
- Enunciados de duas palavras;
- Período de frases simples;
- Frases complexas;
Sinais de alerta em criança a ter em conta
Em crianças autistas, podem existir dificuldades, défices ou a não passagem por estas etapas, havendo sinais de alerta para os cuidadores não descurarem de um despiste a este nível:
- não usa o gesto como auxilio de comunicação, o apontar por exemplo
- tem dois anos e não fala, não diz uma única palavra, ou quase nenhuma
- dificuldade em imitar
- parece não compreender quando falam para ele
- produz ecolália
- aos quatro anos não construí frases
É importante ressalvar, que em indivíduos com Autismo a linguagem é adquirida por forma de aprendizagem, e não de forma natural e inata.
Boas Leituras.