Hoje iremos explorar a temática das Parafilias, termo técnico para as perturbações da conduta sexual (ou perversões) (1).
O que é uma Parafilia?
Uma parafilia caracteriza-se por fantasias intensas e recorrentes sexualmente excitantes, impulsos sexuais ou comportamentos que envolvem:

- Objectos não humanos;
- Sofrimento ou humilhação do próprio ou do seu parceiro;
- Crianças ou adultos sob coação.
Quais as Parafilias existentes?
- Exibicionismo (exposição dos órgãos genitais perante estranhos);
- Fetichismo (utilização de objetos);
- Frotteurismo (toque ou fricção numa pessoa que não consentiu o ato);
- Pedofilia (recorre-se a crianças ou pré-púberes);
- Masochismo Sexual (ato de ser humilhado, golpeado, atado ou de sofrer outros atos como meio de obter excitação sexual);
- Sadismo Sexual (atos segundo os quais o sofrimento físico ou psicológico da vítima é sexualmente excitante);
- Fetichismo Trasvestido (vestir roupas do sexo oposto, na heterossexualidade, que promove excitação);
- Voyeurismo (observação oculta de pessoas nuas, a despirem-se ou que se encontram em plena actividade sexual);
- Parafilia sem Outra Especificação (que não se enquadram em nenhuma das perturbações anteriores) – E. g. Necrofilia; Parcialismo; Zoofilia; entre outras) (2).
Critérios de diagnóstico
- Para ser considerada uma parafilia pressupõe-se que o indivíduo tenha actuado de acordo com estas necessidades ou se tenha sentido perturbado pelas mesmas durante pelo menos 6 meses.
- As fantasias, impulsos sexuais ou comportamentos provocarem mal-estar clinicamente significativo ou dificuldade no funcionamento social, ocupacional ou noutras áreas (1).
Intervenção terapêutica
É essencial que um indivíduo com diagnóstico de parafilia tenha acompanhamento psicoterapêutico, hormonal e farmacológico, consoante o caso.
Atenção…
Um indivíduo com diagnóstico de parafilia não se encontra absolvido de responsabilidade criminal pelo seu comportamento!
Até breve!
Bibliografia
(1) Frances, A. & Ross, R. (2004). Casos Clínicos. DSM-IV-TR. Guia para o diagnóstico diferencial. Lisboa: Climepsi Editores.
(2) Ruiloba, J. V. (2005). Introducción a la psicopatología y la psiquiatría. Barcelona: Masson.