Hoje é o dia do regresso!
Os últimos meses foram meses de pesquisa, de reflexão, de novidades, navegações pelos livros, materiais e técnicas de intervenção essenciais para o nosso dia-a-dia.
Foram momentos de redefinição, que serão sentidas durante as próximas semanas, até lá deixamos um poema que iniciou o nosso caminho e a nossa reflexão!
VI
Navegavam sem o mapa que faziam
(Atrás deixando conluios e conversas
Intrigas surdas de bordéis e paços)
Os homens sábios tinham concluído
Que só podia haver o já sabido:
Para a frente era só o inavegável
Sob o clamor de um sol inabitável
Indecifrada escrita de outros astros
No silêncio das zonas nebulosas
Trémula a bússola tacteava espaços
Depois surgiram as costas luminosas
Silêncios e palmares frescor ardente
E o brilho do visível frente a frente
Sophia de Mello Breyner Andresen
1979
In Navegações, 1983