D.H. Compreender a Psicose: Reconhecer sinais de alerta

A psicose é como um nevoeiro que pode escurecer a clareza da realidade. É vital reconhecer seus sinais para garantir o apoio adequado e ajustado às necessidades de cada pessoa. Vamos descomplicar um pouco.

O que é a Psicose?

A psicose não é uma doença em si, mas um termo que abraça diversos transtornos. Imagine como um conjunto de experiências que alteram a perceção, pensamentos e julgamentos.

Sinais mais comuns

Alucinações – Isso significa perceber algo sem que este algo esteja realmente lá. Pode ser ouvir vozes, ver coisas estranhas ou até sentir sensações que não têm origem externa.

Delírios – São crenças que persistem mesmo diante de evidências contrárias. Podem envolver paranoia, grandiosidade ou perseguição.

Pensamento Desorganizado – Às vezes, é como tentar seguir uma borboleta, ou seja, o pensamento salta de um lugar para outro sem seguir uma lógica aparente.

Comportamento Incomum – Isso pode variar de agitação extrema a uma falta de motivação ou expressão emocional reduzida.

Conhecer os transtornos e doenças da Psicose

Transtorno Psicótico Breve – Uma experiência intensa, mas temporária, geralmente durando menos de um mês. Alucinações e delírios são visitantes agudos.

Transtorno Delirante – os delírios são os protagonistas persistentes. A função cognitiva muitas vezes permanece intacta, mas a lente da realidade está um pouco desfocada.

Transtorno Esquizoafetivo – Um misto de humor (depressivos ou maníacos) e psicose. O humor depressivo ou maníaco, alterna paralelamente à psicose.

Transtorno Esquizofreniforme – Uma visita mais curta à terra da psicose, verificando-se os sinais por um curto espaço de tempo, normalmente, entre um e seis meses.

Transtorno de Personalidade Esquizotípica – Mais subtil que a esquizofrenia, mas os padrões peculiares de pensamento e comportamento podem abrir portas para experiências psicóticas.

Esquizofrenia – é uma doença mental complexa que afeta a maneira como uma pessoa pensa, sente e se comporta. Distingue-se por uma desconexão da realidade, onde a pessoa pode ter dificuldade em distinguir o que é real e o que não é.

Tratamento

O tratamento poderá envolver o recurso a medicamentos antipsicóticos, para a melhoria das alterações da função cerebral. Contudo, devem ainda ser consideradas as psicoterapias, a reabilitação cognitiva e as intervenções de suporte social para a reintegração funcional do utente. Sendo uma doença psiquiátrica crónica, a adesão à terapêutica e estratégias psicoterapêuticas e de suporte são essenciais para a prevenção da recaída e da deterioração funcional da pessoa. (1)

Reconhecer os sinais é o primeiro passo. A psicose pode ser desafiadora, contudo o possibilidade de ser diagnosticada em tempo útil, permite um trabalho multidisciplinar, de forma a garantir qualidade de vida, dentro do possível.

Referências Bibliográficas