Emociona-Te! com Maid, Nomeland e The Full Monty

Hoje vamos falar de três obras, as séries Maid e The Full Monty e o filme Nomadland.

Iniciamos com as perguntas que podem surgir após a visualização destas obras de arte:

O que precisamos de fazer para ter uma habitação digna?

Quais os descontos que temos de fazer para mantermos o direito à habitação?

Será que teremos direitos quando envelhecermos?

Quais os nossos direitos: Sobreviver ou Viver?

Cada uma das obras alerta para as dificuldades que vivemos um pouco por todo o lado, sobre os direitos à habitação, ao trabalho, ao direito de termos uma vida digna.

O pormenor é a sensação de sufoco que nos alerta e ao mesmo tempo que nos coloca a vida sobre perspetiva, sobre o que é mais importante a cada dia que optamos por viver. Todos estas obras apresentam o cansaço das pessoas, sejam as pessoas que pedem apoios para sair de situações mais críticas como aqueles que vivem diariamente a atender os mais frágeis das diferentes comunidades.

Existe humor em cada um deles, contudo, também existe solidão, tristeza, medo e receio de não se dar a volta ao texto que foi desenhado numa reorganização da economia.

São obras excelentes para falarmos sobre as dificuldades que esta nova crise económica está a provocar, mesmo passando 25 anos como no caso da obra The Full Monty, compreendemos que ciclicamente as crises surgem para expor as fragilidades com que várias pessoas vivem, que por mais que queiram dignamente, a cada dia que passa se torna mais difícil.

São obras que nos lançam muitas perguntas sobre a vida.

Recomendações

Podemos recomendar aos utentes para verem num contexto individual e permitir refletir sobre a situação de cada uma das personagens, como também sobre si mesmo. Poderá ser pedido para se identificar-se com cada um deles como poderá ser utilizado para refletir sobre as dificuldades que as suas famílias vivenciaram num dado momento da sua história.

Em alguns momentos, termos obras de cariz social, permite pensar com algum distanciamento emocional sobre a história familiar e social, enquadrar a nossa história pessoal e familiar num contexto histórico e social, pode ajudar a compreender o surgimento de algumas doenças e perturbações mentais de alguns familiares e potenciar uma reflexão mais profunda sobre nós e os outros.

Não se recomenda a sua visualização, caso os utentes possam estar frágeis em situações semelhantes aos apresentados em cada uma das obras.

Num contexto de grupo ou dinâmica de grupo, recomenda-se a visualização de cada uma das obras no contexto de casa ou em grupo. E depois no final de cada visualização, criar o momento do debate, usando diferentes temáticas:

  • Habitação;
  • Apoio Social;
  • Amizade e Amor em tempos de crise;
  • Reajuste da vida quando as estruturas sociais desaparecem;
  • Acreditar no futuro quando o presente é demasiado cinzento;
  • Economia: que futuro?
  • Perturbação ou doença mental em tempos de crise económica;
  • Direito ao emprego e um sustento digno;
  • Direito a alimentação equilibrada;
  • Respeito pela condição de fragilidade que cada um apresenta;
  • Que soluções ou alternativas?

Deixar outras tantas surgirem e ponderar qual a postura de indignação que irá surgir, uma vez que a vida é como uma montanha russa, demasiadas voltas antes de pararmos e vermos as vistas com calma e ponderação.

Boas visualizações e reflexões!