Hoje iremos falar do material O Urso e o Piano de David Litchfield. Uma história sobre a importância de voar e voltar a casa!

Um dia, um ursinho encontra na floresta uma coisa estranha…
É grande, parece uma caixa e tem teclas que fazem PLONC!
A partir do momento em que descobre que a coisa estranha produz sons magníficos, ele embarca numa viagem que o leva para longe de casa.
Num piscar de olhos, o urso vai parar a uma terra nova e maravilhosa, onde o ar está repleto de belos sons e onde a fama lhe abre os braços.
No entanto, apesar do sucesso alcançado, ele sente falta do que deixou para trás…
Recomendado para crianças dos 6 aos 8 anos.
O livro permite trabalhar:
- Expressão e Gestão Emocional
- Autoconfiança e Autoestima
- Relações Interpessoais
- Resiliência
Intervenção terapêutica e âmbito familiar
Âmbito Familiar- esta proposta tem o objetivo de promover a vinculação entre a família, assim como a expressão individual, incentivando ainda a comunicação emocional entre pais e filhos. Para a realização desta atividade será necessária a leitura prévia e conjunta do livro, fomentando conversas acerca de sonhos, saudades e conquistas.
Materiais necessários para esta atividade projetiva:

- Folhas de papel ou cartolina;
- Lápis de cor ou marcadores;
- A obra “O Urso e o Piano”;
- Opcional: Autocolantes, purpurinas ou pedaços de tecido para tornar os desenhos mais apelativos.
Durante a atividade, cada membro da família deverá identificar um talento ou habilidade que gostaria de explorar. Esta identificação será gráfica, sendo que cada membro da família irá desenhar a sua ideia. As crianças mais pequenas podem ser incentivadas a criar representações simbólicas ou simples, como desenhar uma bola para representar o gosto por futebol ou um microfone para quem deseja cantar. Os adultos também participam, desenhando algo que gostariam de desenvolver, incentivando a troca de experiências e um ambiente inclusivo e acolhedor.

Após a criação dos desenhos, cada participante deverá partilhar a sua obra com os restantes elementos, explicando a escolha do talento e o que este simboliza para si. Ao longo desta partilha, é importante estimular a comunicação com perguntas orientadoras, como: “Como poderias começar a desenvolver este talento?”, “Que tipo de apoio precisarias para alcançar este objetivo?” e “Como podemos ajudar-nos mutuamente?” – Estas reflexões promovem não só a autoexpressão, mas também a empatia e o fortalecimento das relações interpessoais, cruciais no desenvolvimento humano.
A atividade poderá ainda incluir um momento de planeamento familiar, no qual será elaborada uma checklist de atitudes e comportamentos que apoiem os talentos de cada membro.
Estas ações podem incluir comportamentos como, reservar algum tempo semanal para a prática da habilidade, procurar recursos ou ferramentas necessárias (como aulas ou instrumentos) e ainda partilhar progressos regularmente.

O “Desenhar o meu Talento” também se poderá adaptar em contexto terapêutico:
O objetivo principal desta intervenção:
- Exploração de emoções;
- Reforço da autoconfiança;
- Desenvolvimento de competências sociais em crianças.
A narrativa do urso, com os desafios e conquistas que enfrenta ao longo da sua jornada, serve como uma metáfora faustosa para trabalhar o reconhecimento emocional, a superação de obstáculos e a importância do apoio social. Podemos dividir esta atividade projetiva em duas partes:
Num primeiro momento e recorrendo aos materiais mencionados acima, pede-se à criança para realizar um desenho com uma habilidade ou talento que gostaria de aprimorar. Após a obra estar realizada, o/a terapeuta promove uma conversa com a criança, incentivando-a a explicar a escolha do talento, de que forma acredita que poderia desenvolvê-lo e qual o valor simbólico que este representa.
Durante esta troca, o/a terapeuta poderá ainda questionar quais as dificuldades que a criança imagina enfrentar nesse processo e que tipos de apoio (de amigos, família ou escola) poderiam ajudá-la a superar estes desafios. Este momento reflexivo permite trabalhar não só a autoexpressão, como também a construção da autoestima e da confiança.

A segunda parte, denominada “Mapa das Emoções”, visa auxiliar as crianças a identificar e nomear o campo emocional experienciado pelo urso ao longo da história. Após a leitura do livro, as crianças são incentivadas a refletir sobre os sentimentos vividos pelo protagonista em diferentes momentos, como a curiosidade ao descobrir o piano, o orgulho pelo seu talento e a saudade ao sentir falta da floresta e dos seus amigos.
Posteriormente, cada criança partilha situações pessoais em que experienciou emoções semelhantes. Para esta atividade, são necessários materiais como cartolina, marcadores e a visualização das imagens da história, que servirão de suporte visual.
O objetivo desta proposta é trabalhar o reconhecimento e a expressão emocional das crianças, ajudando-as a compreender e verbalizar os seus sentimentos, enquanto é promovida a empatia, ao ouvirem as experiências dos colegas.
Boas Intervenções e explorações!
Elaborado pelo Gabinete de Estágios