Hoje iremos falar sobre o livro A estranha visita de Gracia Iglesias e Vicente Cruz e a possibilidade de usarmos de diferentes formas distintas.
| Nome | A estranha visita |
| Marca | Poets and Dragons |
| Local | Fnac, Aqui há gato e Poets and Dragons |
| Custo aproximado | 11 – 13€ |

Um conto escocês terrivelmente engraçado. Uma história cheia de surpresas numa noite escura de relâmpagos e tempestade em que uma velha muito velha receberá uma estranha visita. Um livro de mistério, suspense e terror… Uma história sobre estranhas amizades, com um final surpreendente.
Recomendado para mais de 7 anos.
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O livro aborda temas como:
- Gestão do Medo e do Desconhecido: A história ensina que nem tudo o que parece assustador é realmente perigoso e que a forma como reagimos pode transformar uma situação.
- Promoção da Empatia e da Aceitação: A velhinha passa do medo à aceitação, mostrando que devemos dar oportunidade aos outros antes de julgá-los.
- Reflexão sobre a Solidão e a necessidade de Vínculos: O livro permite discutir como a socialização e a construção de laços reduzem o isolamento e melhoram a qualidade de vida.
- Trabalho com resolução de problemas e flexibilidade cognitiva: A velhinha encontra uma solução criativa para lidar com a criatura que parecia ameaçadora, mostrando que há sempre formas alternativas de enfrentar desafios.
- Desenvolvimento do Pensamento Crítico: A história, com a repetição de padrões e a surpresa final, incentiva a reflexão sobre expectativas e estereótipos.
- Estimulação da Criatividade e Imaginação: O mistério e a construção gradual da criatura despertam a curiosidade e a interpretação simbólica.
Intervenção terapêutica e âmbito familiar
O livro A Estranha Visita permite explorar temas como a solidão, o medo do desconhecido e a aceitação das diferenças de forma envolvente. As atividades propostas ajudam as crianças a expressarem emoções, desenvolverem empatia e trabalharem a cooperação, utilizando a história como ponto de partida para reflexões mais profundas.
| Atividade | Atividade | Atividade |
| Janelas da Solidão De Estranho a Amigo | Criando a Nossa Estranha Visita | Desconstruindo os Medos A Receita da Amizade |
| Terapeuta – Psicólogo | Dinâmicas de Grupo | Escola – Pré-escolar e 1º Ciclo |
Iniciamos pela intervenção em contexto de gabinete.
Janelas da Solidão – O terapeuta pede à criança para desenhar uma casa com janelas vazias. Cada janela representa um aspeto da vida que pode estar “em branco” ou “preenchido”. Com recortes de revistas ou desenhos, a criança preenche cada janela com elementos que poderiam ajudá-la a sentir-se menos sozinha (como, por exemplo, amigos, atividades, família ou animais de estimação).
O objetivo prende-se ao identificar sentimentos de solidão e criar estratégias para superá-los, estimulando o autoconhecimento e a autoexpressão, reforçando ainda a importância de procurar apoio quando necessário.

De Estranho a Amigo – O terapeuta apresenta imagens de pessoas ou personagens diferentes (Cartões com imagens variadas de figuras fictícias) e pede à criança que descreva como imagina que elas sejam. Depois, lê pequenos trechos sobre cada personagem, mostrando que as primeiras impressões nem sempre correspondem à realidade. Em seguida, conversa-se sobre experiências em que a criança pode ter julgado alguém à primeira vista e como isso mudou ao longo do tempo.
O objetivo fulcral desta atividade é trabalhar a aceitação e o respeito pela diversidade, ajudando ainda a criança a refletir sobre julgamentos precipitados, reforçando a importância do diálogo e da empatia.
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Nas Dinâmicas de Grupo, poderemos estimular a cooperação e a criatividade em grupo.

Criando a Nossa Estranha Visita – Cada grupo de crianças recebe partes recortadas de um monstro (pés, pernas, corpo, cabeça) e deve construir a sua própria “estranha visita”, dando-lhe um nome e uma história. Depois, partilham com os colegas, explorando as diferentes possibilidades (por exemplo: “O nosso monstro só assusta porque é muito desajeitado!“). Nesta atividade podemos recorrer às cartolinhas, colas e lápis de cor para elaborar as partes do monstro.
O objetivo é estimular a imaginação e o trabalho em equipa, explorando ainda o medo do desconhecido de forma divertida. Pretende ainda desenvolver a comunicação e a negociação entre os participantes.
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Num contexto de sala poderemos utilizar o livro para explorar percepção do medo e mostrar que nem tudo o que parece assustador é perigoso, reforçando a empatia e a importância da partilha.
Desconstruindo os Medos – A turma discute medos comuns e cada criança desenha algo que a assuste. Depois, recebe um desafio: transformar essa figura assustadora numa personagem amigável, dando-lhe um nome e uma história diferente. O/A professor(a) pode incentivar perguntas como: “E se o monstro for apenas tímido?”, “O que poderia deixá-lo feliz?”. No final, as crianças apresentam as suas novas personagens e refletem sobre como os medos podem mudar de perspectiva.

Nesta parte da atividade temos como objetivo reduzir ansiedades relacionadas com o medo do desconhecido, estimulando a criatividade e a atribuição de sentimentos, trabalhando a ideia de que nem tudo o que nos assusta é necessariamente mau.
A Receita da Amizade – Assim como a velhinha transforma a situação com uma tarte de maçã, as crianças criam uma “receita” de amizade. Cada grupo discute ingredientes metafóricos para construir uma amizade saudável (por exemplo, “1 colher de paciência”, “3 pitadas de respeito”…). Escrevem a receita num grande cartaz e apresentam-na à turma, explicando os ingredientes escolhidos.
O que se pretende: O objetivo central é estimular a compreensão de valores como a generosidade e a inclusão, promovendo a cooperação e o diálogo, auxiliando assim as crianças a refletirem sobre como construir relações positivas.
Bons sustos!!!