O filme As Sufragistas fala de um período negro na história do mundo ocidental, a conquista à ferros dos direitos das mulheres.
Um pouco por todo o mundo, os direitos das ditas minorias, neste caso as Mulheres, era governado por homens.
Não podiam:
- Votar;
- Estudar;
- Escolher o seu destino;
- Serem herdeiras;
- Gerir o seu dinheiro;
- Defender uma ideia em público;
- Exercer com tranquilidade e autonomia uma profissão;
As obrigações passavam por:
- Obediência ao Pai;
- Obediência ao Irmão ou outro membro da família masculino, em caso de morte do pai;
- Obediência ao Marido;
As mulheres no último século ainda passaram por diferentes explorações tanto na sua vida intima com no trabalho, acabando por ter de exercer o trabalho em condições sub-humanas, e nunca poderem reclamar para assegurar o alimento aos filhos que esperavam em casa por um prato de comida.
Trabalhavam as mesmas ou mais horas que os homens, mas recebiam menos, e tinham de chegar a uma casa estando disponíveis para assistir à família como nas suas obrigações de mulher casada.
Por isso o movimento foi andando devagar, a precariedade da vida não permitia que pudessem alcançar mais cedo o direito ao voto, pelo menos para dizerem que tinham o mesmo direito que os homens.
O direito ao voto era igual a ter direito a uma existência, ter direitos legais e ganhar uma voz para lutar por melhores condições de vida.
Os direitos das mulheres não foi somente dizer que era importante termos direito a fazer uma cruz num papel para escolher alguém para nos governar, foi também dizer que poderíamos fazer diferente e criar melhores condições para nós e para os nossos filhos.
O voto deu poder à Mulher, para deitar abaixo as barreiras não só entre géneros como sociais e económicas.
E este filme é excelente por isso, não retrata a história de uma heroína em particular, fala de uma mulher que passa da escuridão para a luz, face aos seus direitos enquanto ser humano. Fala das perdas, das violações, dos maus tratos, do abandono, do virar a cara, do esquecer, do roubar os filhos, das doenças de trabalho.
Fala essencialmente da exploração humana!
E por verem que nem o rei as ouvia, que Emily Davison, tomou uma decisão que o obrigou a ceder e tomar consciência publicamente do movimento.
Foi uma militante do movimento Sufragista, que após uma serie de acções violentas, atirou-se para a frente de um cavalo na Derby Epson Downs.
As acções que se seguiram ajudou as mulheres por todo o mundo a conquistarem o seu direito ao voto.
Sendo importante referir que em muitos países as mulheres ainda não conquistarem esse direito.
Possibilidade de intervenção
É um tema excelente para se apresentar a um grupo de adolescentes como recomendar a um adulto para ver, e tomar consciência sobre os direitos femininos no inicio do século XX.
Num contexto individual compreende-se o medo que algumas mulheres têm sobre o olhar sobre si, contudo é fácil se identificarem com as personagens deste filme, muitas sentem a empatia! Recomenda-se que possam reflectir numa sessão as suas projecções e os seus medos e momentos de raiva.
Ajuda a tomar-se consciência de onde estamos e para onde poderemos ir!
Num grupo, inicia-se o debate e reflecte-se sobre as hipóteses e soluções para este movimento. Iremos ouvir defesas interessantes e em alguns momentos, alguns adolescentes que tem mais dificuldades em defender ideias, conseguem defendem um ponto de vista.