Editorial – Regresso

Chegou Abril!

E com ele chegou a chuva, que cai lá fora, nas intermitências do tempo.

Este tempo que parou, mesmo antes da Primavera nascer!

Viemos para casa recolhidos entre a dúvida, o receio e a pequena esperança de que possa ser curta esta estadia pseudo voluntária.

Nestas últimas semanas, já ouvimos todo o tipo de possibilidades sobre sermos bons familiares, bons pais, bons amigos, bons colegas, bons profissionais… mas entre momentos, esquecemos que também somos humanos!

E nesta humanidade remete para a nossa limitação de tempo, que aparentemente é imensa, mas só aparentemente! Nesta multiplicação de tarefas, a humanidade fica em modo de espera…

Vê-se pelas notícias dos telejornais que este organismo avança silenciosamente, sem nunca se identificar quem o leva e quem o passa, são todos e ninguém.

A mãe natureza talvez cansada de tantas chamadas de atenção, despertou em nós a emoção que nos garantiu a sobrevivência ao longo destes anos, o MEDO.

A mais fiel de todas as nossas emoções, que reflectindo adequadamente está na génese de todas as perturbações mentais, de todos os passos que receamos dar pelo impacto que possa ter na nossa rotina. Por vezes consciente, noutras nem por isso.

Esse medo que nos obriga a fugir, a paralisar ou enfrentar os desafios que a vida nos coloca diariamente, desde o nosso nascimento.

Ele vai-nos ajudando a proteger e a ousar, tendo criar um equilíbrio a cada dia que passa, e vai potenciando a aprendizagem de estratégias para lidar a cada novo dilema.

O medo a par de outras emoções como a tristeza, raiva, alegria, surpresa, nojo, permitiu o desenvolvimento da imaginação, da criatividade, da inovação, da reflexão, da resolução, tanto enquanto espécie como enquanto indivíduos.

Se as nossas emoções não existissem, possivelmente não teríamos chegado a este ponto de desenvolvimento humano.

Chegamos ao ponto de recomeçar uma parte das nossas vidas do zero, na saída deste isolamento que nos colocamos como forma de protecção dos que amamos, iremos necessitar de trabalhar em cooperação, com uma maior consciência do nosso potencial e do papel que cada um de nós tem na sociedade.

E nesse desafio que a vida e o planeta nos colocou, vos propomos uma viagem de balão pelo conhecimento científico, pela arte, criatividade, imaginação, pensamento, reflexão e emoção.

 

Porquê de balão? Porque nos dará a velocidade que precisamos neste momento para aprofundar os nossos conhecimentos sobre nós, os outros e mundo a nossa volta! E esse mundo está a transformar-se a cada dia!

 

Venham connosco, irá valer a pena!

Latitudes