Hoje abordamos o Perfecionismo no seu significado – vontade obsessiva de atingir a perfeição – e o impacto na vida humana.
É importante identificar que todo o humano tem uma vertente perfecionista, podendo usar consoante as suas necessidades. Contudo quando a usa constantemente, torna-se um fardo na rotina do dia-a-dia.
Ser ou não Ser (perfeito)?
Segundo a revisão bibliográfica de António F. Macedo, o conceito varia ligeiramente consoante a análise e a investigação por parte de diferentes autores.
No caso do psicólogo Hamachek, este definiu que os perfecionistas eram pessoas cujos esforços nunca parecem ser suficientes aos seus olhos. Acabavam por fazer melhor todos os projectos/tarefas que se proponham pelo medo de falhar.
Já Hollander aborda o conceito com a ideia de que um perfecionista exigia de si e dos outros um desempenho maior do que seria necessário numa dada situação.
É este o autor que refere a importância da:
- Atenção selectiva – alerta constante para os erros que possam surgir, não conseguindo reparar nas qualidades e potencialidades;
- Objectivos – irrealistas por serem demasiado elevados e rígidos.
- Valor pessoal – associado a concretização dos seus objectivos/padrões.
Autores mais recentes como Frost e Flett identificam alguns comportamentos associados ao perfecionismo, como:
- Verificação;
- Procura de confirmação;
- Correcção das outras pessoas;
- Excessiva ruminação antes de tomar decisões;
Este perfecionismo disfuncional origina períodos de procrastinação, ou seja, adiar uma situação com medo de não conseguir atingir os objectivos irrealistas que definiu para que a mesma fosse concretizada.
Segundo Macedo “o perfecionista procura ser perfeito na maior parte dos domínios da sua vida!”