T.I. – Confinamento e Atividades para Crianças do Pré-Escolar I

Hoje apresentamos a 1ª parte com as áreas da motricidade fina, concentração visual e táctil!

Este artigo vem no seguimento do Podcast Mamãs e Papás “Confinamento – Estimulação de Competências essenciais para o pré-escolar”, por isso, não deixem de ouvir o nosso podcast com as nossas terapeutas das áreas da Terapia da Fala e da Psicologia Clínica numa pequena reflexão descontraída!

Atendendo à fase de confinamento em que as crianças se encontram, num período que já vai longo, iremos efetuar algumas recomendações, algumas das quais constam já do Podcast anteriormente mencionado.

Devido à situação pandémica que vivemos atualmente, as nossas crianças vêem-se privadas das rotinas habituais as quais são fundamentais para um desenvolvimento emocional e cognitivo harmonioso.

Vimos, portanto, fazer algumas sugestões de atividades que os pais/família poderão adequar na dinâmica familiar com as crianças, promovendo determinadas competências. Algumas destas competências poderão ficar destreinadas e aquém do que seria de esperar para determinadas faixas etárias, competências estas essenciais para a entrada no 1º ciclo escolar.

Deste modo, passamos a organizar as nossas recomendações por atividades e competências, adequadas para crianças entre os 4 e 5 anos (pré-escolar):

MOTRICIDADE FINA, CONCENTRAÇÃO VISUAL E TÁCTIL

  • Labirintos (no nosso blogue);
  • Jogos de enfiamento (exemplos: miçangas coloridas, ou outro tipo de material) (no nosso blogue);
  • Puzzles (no nosso blogue) – Estimula também a perceção visuo-espacial e a paciência;
  • Legos Promove também a capacidade de imaginação (por exemplo, criando histórias e personagens) a perceção visuo-espacial e ainda a contagem e a identificação e nomeação de cores;
  • Jogos de “Descobre as diferenças”: Jogos que impliquem a criança utilizar o lápis promovendo a motricidade fina e também estimula a atenção e concentração;
  • Pinturas (exemplos: mandalas, desenho livre, outras) (no nosso blogue)- Promove também uma acalmia (emocional), a compreensão de ordens (pedindo para pintar o desenho de determinada cor);
  • Plasticina ou massa de modular (no nosso blogue): Promove também uma acalmia (emocional), e a consciência fonológica (fazendo bolinhas consoante as sílabas);

1ª Sugestão de jogo: Com uma pinça (de preferência das maiores) e um recipiente com mini peças coloridas ou massinhas pequeninas. A criança ir retirando do recipiente as peças com a pinça e separando por cores ou formas – Estimula também a categorização;

2ª Sugestão de jogo: Recipiente (por exemplo, um alguidar) com farinha ou areia, vários brinquedos/objetos que possam ser colocados dentro do recipiente. Sugere-se a criança poder recorrer ao tacto, de olhos fechados (ou com venda, se se sentir confortável) e descobrir quais os objetos que vai encontrando, nomeando-os e categorizando-os pela textura, dureza, material de que é feito (exemplos: tecido, plástico, madeira) – Estimula também categorização, nomeação e vocabulário;

3ª Sugestão de jogo – “Balões mágicos” – Utilizando balões opacos de cores e materiais para enchê-los, tais como, grãos de café, areia, arroz, massas, berlindes, milho, feijões secos, algodão, etc. Através da apalpação a criança descobrirá o conteúdo dos balões (Previamente será adequado mostrar alguns dos materiais que iremos colocar nos balões para conseguir relacioná-los e nomeá-los. Ainda que o objetivo seja estimular a memória sensorial!). Outra sugestão: colocar farinha, com o intuito de ser um balão que a criança possa utilizar manuseando a fim de uma tranquilização (emocional);

Alguns destes jogos encontram-se já em formato de artigo no nosso blogue na rubrica M.I. com um conjunto de sugestões emcada um deles.

Boas invenções e experimentações!!

Neste artigo recorremos às técnicas e materiais já utilizados pelas nossas terapeutas em intervenção com crianças e, ainda, com base em alguma bibliografia muito interessante:

  1. Couturier, S. (2018). Como ajudar o seu filho a ganhar autoconfiança. Lisboa: Editorial Presença.
  2. Manta, A. (2015). Motivar os filhos para o estudo. Lisboa: Clube do Autor, S. A.