T.I. – Confinamento e Atividades para Crianças do 1º ciclo (1º e 2º ano escolar) II

Hoje apresentamos a 2ª parte do artigo referente ao Podcast Mamãs & Papás – Desenvolvimento na Pandemia 1º e 2º Anos de Escolaridade!

Experimentem ouvir o nosso podcast com as nossas terapeutas das áreas da Terapia da Fala e Psicologia Clínica, com algumas dicas que poderão ser úteis!

As atividades sugeridas serão pertinentes para contexto de confinamento mas não só, continua a ser importante a estimulação aos vários níveis, atendendo à instabilidade da vida das nossas crianças atualmente!

Deste modo, passamos a organizar as nossas recomendações por atividades e competências, adequadas para crianças entre os 6 e 7 anos (1º e 2º anos de escolaridade), constando já algumas destas recomendações no nosso podcast:

EMOCIONAL

  • Atividade física

O objetivo é as crianças gastarem energia! Que se acumula com a quantidade de emoções e sentimentos que a criança vai sentindo ao longo do dia, da semana, do tempo de confinamento em que pouco se movimenta. O facto de sentirem o seu espaço de lazer/conforto, a sua casa, invadida pelas tarefas escolares é difícil de aceitar e gerir.

É importante para todas as crianças, especialmente, as que são mais enérgicas, com quadros de Perturbação de Deficit de Atenção e/ou Hiperatividade, poderem fazer atividade física para conseguirem ir tranquilizando e proporcionando uma melhor capacidade de foco/atenção.

Sugestão 1: Adulto e criança (e irmãos) poderem experimentar algum tipo de aula online/jogo/dança (através das plataformas e tecnologias disponíveis, Youtube, Jogos do género “Just Dance” ao desafio, etc) num momento divertido e descontraído. – Promove ainda a motricidade grossa, lateralidade, memória visual e auditiva.

Sugestão 2: Escolherem uma música conhecida da criança e poderem efetuar uma coreografia entrando num momento de brincadeira;

Exemplo visual acerca do que estamos a abordar: Aos pais e adolescentes é usual explicar a importância de se fazer atividade física, ter as rotinas habituais e, na circunstância de pandemia, terem ficado sem as mesmas tornar ainda mais imperativo poderem fomentar em casa as dinâmicas possíveis para que tal aconteça. É frequente dar um exemplo visual e palpável, pegar num frasco/recipiente e imaginá-lo cheio, quando queremos enchê-lo mais para além da sua capacidade o que acontece é transbordar. Ora é o que acontece quando nos sentimos a transbordar de emoções dentro de nós que não sabemos como as exprimir nem o que fazer para nos apaziguarmos. E as nossas crianças/jovens têm vindo a manifestar isso mesmo, daí a necessidade de poderem ir recorrendo a algumas estratégias/atividades que permitam “esvaziar” o recipiente para que caibam “mais emoções”!

  • Momento semanal de partilha de emoções: Os adultos poderem fomentar um momento semanal para falarem sobre determinadas emoção que tenham sentido nesse dia/semana (por exemplo, à hora da refeição ou após a mesma), desde que se sintam disponíveis e confortáveis em fazê-lo. Isso irá eventualmente proporcionar espaço para a criança poder também expressar as suas emoções e sentir-se validada no seu sentir.
  • Desenho e história: Criar e desenhar uma personagem para a emoção que está a sentir (exemplo: raiva, medo, alegria etc), e porque não desafiar a criança a construir uma história com as personagens que vai imaginando, podendo criar um compromisso com o adulto, em que a criança ilustra as imagens e o adulto vai dando uma ajuda no texto! – Promove também a criatividade, a linguagem oral e escrita.

Alguns destes jogos encontram-se já em formato de artigo no nosso blogue na rubrica M.I. com um conjunto de sugestões em cada um deles.

Neste artigo recorremos às técnicas e materiais já utilizados pelas nossas terapeutas em intervenção com crianças.

Boas invenções e experimentações!!