Hoje vamos falar da importância dos planeamentos na rotina diária.
É comum a partilha das crenças, por parte do utente:“Eu não consigo-me organizar!” “Eu não sei organizar a semana!” “Eu nem sei como conciliar tantas coisas ao mesmo tempo!” “Eu não consigo fazer tudo! Seja em casa, trabalho ou socialmente com os amigos!” .
Após ouvirmos estas partilhas e acolhe-las, é importante compreender se estas crenças são verdadeiras ou falsas, de forma a ajudar o utente a diferenciar as partidas que poderá fazer a si mesmo!
Para isso podemos começar com uma Lista de Tarefas, seguindo do Plano Semanal.
Lista de Tarefas
Começamos por listar as tarefas que o utente poderá fazer no seu dia a dia!
De seguida, verificamos as que são mais importantes e as menos importantes.
Analisamos também as tarefas que o utente possa ter mais dificuldade em realizar por:
- Desagrado;
- Desnecessário;
- Desperdício de tempo;
- Repetição;
Como será importante analisar quais as que são da sua responsabilidade e as que são responsabilidade de outros, sejam estes família, companheiros, colegas de trabalho ou amigos. Neste sentido, é importante coordenar as tarefas entre as responsabilidades que o utente têm e sente que são legitimas, e as que são adicionadas sem contudo validar ou concordar com as mesmas.
Quando efectuamos este primeiro passo, promovemos a tomada de consciência por parte do utente sobre o que é importante e o dispensável para si.
Plano semanal
De seguida organizamos o plano semanal do utente, com as tarefas:
- Do dia a dia;
- Extras;
- Hobbies;
- Momentos de ócio;
Coordenando as responsabilidades directas ou indirectas, de forma a desenvolver um espaço de reflexão sobre o que o utente gosta e quer realmente fazer, e conseguir afirma-lo, mesmo que só possa ser no espaço terapêutico.
Estas estratégias ajudam os utentes a visualizarem o seu dia a dia, conseguindo desmontar as situações em que se sentem contrariados e em esforço.
Abrindo espaço para mais tarde poderem escolher em mudar ou manter a situação, tendo em conta que é sempre uma escolha do utente sobre o que quer fazer da sua vida.
Recomendações:
- Estas crenças muitas vezes acabam por mascarar outras situações que não têm espaço para se manifestar, sendo importante trabalhar numa outra sessão;
- Será importante, após a elaboração dos exercícios em papel, reflectir os momentos que possa passar consigo seja a fazer um hobbie ou simplesmente a viver o ócio, como a sua vivência com os outros, dentro do que realmente quer fazer.
Esta abordagem é mais adequada quando temos utentes que afirmam não conseguirem fazer a sua rotina, ou terem uma falsa percepção de que não fazem nada.
Em breve falaremos sobre as outras variantes!
Boas terapias!