Hoje começamos a falar da PEA – Leitura e Escrita ou ainda conhecida por Dislexia, por muitos dos técnicos, contudo antes de avançamos, convidamos a verem o clip elaborado pela TED, para ajudar a compreender a perturbação em si.
Agora vamos começar, já compreendemos que se trata de uma dificuldade na descodificação, nomeadamente um défice no processamento fonológico.
Este défice leva que uma rápida leitura leve sempre mais tempo, tendo conta as diferentes áreas neurológicas que se encontram envolvidas no processo de leitura, que podemos rever no nosso artigo de Leitura e Escrita.
Otávio Moura explica que alguns dos sinais de alerta acontecem já numa fase precoce do desenvolvimento, apontando para:
- Atraso na linguagem – primeiras palavras foram ditas mais tarde;
- Algumas dificuldades em pronunciar determinados sons/fonemas, linguagem abebezada prolongada no tempo;
- Dificuldades em acompanhar ou memorizar lengalengas, canções infantis ou rimas;
Muitos dos presentes sinais, são identificados pelos Educadores de Infância, que acabam por recomendar muitos pais a fazerem um rastreio em terapia da fala ou em psicologia, de forma a detectarem e intervirem em tempo útil.
Todavia, muitas crianças passam despercebidas a estes sinais de alerta, acabando por revelar com mais ênfase muitas dificuldades quando iniciam a aprendizagem das letras.
Artur Sousa refere que as crianças disléxicas acabam por apresentar confusão entre letras, sílabas ou palavras com:
- Sons acusticamente próximos:
- d-t; j-x; c-g; m-b; m-b-p; v-f;
- Grafia similar com diferentes orientações espaciais:
- b-d; d-p; d-q; b-p; b-q; q-p; n-u; w-m; a-e;
- Adição ou omissão;
- Dificuldades de compreensão;
Como a autora Paula Teles refere a linguagem escrita é uma forma de comunicação inventada pelo homem, acabando por apresentar códigos específicos para representar a fala. Não sendo aprendidos naturalmente, necessitam de serem ensinados gradualmente pelos professores do 1º ciclo.
Enquanto na linguagem oral apresenta um processo mais dinâmico, uma vez que é produzida no momento, numa relação com outras pessoas. Já a linguagem escrita é estática, usando somente símbolos gráficos.
Retomando as dificuldades existentes neste quadro, verificamos o que Otávio Moura, refere que a aprendizagem é irregular uma vez que num dia a criança aprende, e no dia seguinte não se lembra de grande parte da informação trabalhada.
Verificam-se dificuldades em aprender uma segunda língua, como demoram muito tempo a realizarem os trabalhos de casa. Também se identifica algumas dificuldades na atenção e foco na tarefa. E acabam por não apresentar resultados equivalentes às suas reais capacidades cognitivas.
Neste momento, muitos pais e professores respiram fundo, reconhecendo alguns dos sinais nas suas crianças, por esse motivo, recomenda-se que possam procurar ajuda especializada nas áreas da Terapia da Fala ou Psicologia.
Boas Leituras!
Referências Bibliográficas:
Otávio Moura – site: www.dislexia.pt
Paula Teles – site: www.clinicadedislexia.com
Artur Sousa – Leitura e Escrita – Orientações Dagnósticas – Perturbações do Neurodesenvolvimento – Lidel